quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Último Suspiro

O Último Suspiro
No Teatro da Vida,
a Grandeza de não sermos nada

No início, a vida e a alegria
No meio, festa, aplausos e palmas
No fim, caixão, velas e trevas

No dia a dia da nossa realidade cotidiana, acontecem coisas que até mesmo Deus duvida!
Hoje, estamos no luxo, amanhã o lixo é a nossa única alternativa.
Agora, tudo é festa, sorriso, alegria e felicidade.
Daqui a pouco, os problemas, a doença, o limite e a morte.
No momento, estamos contentes,
Mais tarde, a dor, a tristeza e o sofrimento.
Nesse instante, cheio de amigos e mulheres e dinheiro.
Mais adiante, bolsos vazios, o pó do chão, o lixo da Comlurb, a sujeira de uma vida inútil e a porcaria de uma existência sem razão e sem sentido.
Assim é a vida cotidiana.
No começo, pequenos, depois gigantes e no fim na lata do lixo.
No dia a dia, grandes desejos, muitas realizações, diversas atividades de sucesso e prosperidade.
Quando chega a noite, a vida se foi, o tempo apagou e a realidade que era boa desapareceu, e só nos resta o silêncio de uma madrugada sem significado, o vazio de um coração sem alma e o nada de um ambiente que nos parece nojento, agonizante e angustiado.
Muitos nesta vida comemoram suas grandes conquistas, festejam suas vitórias e celebram sua vida de satisfações alegres e realizações felizes e contentes.
Mas no final, só existem as trevas para nos alegrar, ou as lágrimas para nos felicitar, ou o pesadelo e a morte para nos deixar contentes com o inútil que foi viver no vazio do sorriso sem razão ou no nada da alegria sem sentido.
E só nos restou o silêncio.
O Silêncio das velas que celebram o caixão da nossa morte.
Só nos restou o cemitério.
Se as cortinas, antes, se abriam para todos nos aplaudirem, agora as mesmas cortinas se fecham sem ninguém para cantar para nós, nos dar um beijo e um abraço, ou derramar palmas e mais palmas em nosso favor.
Porque a festa acabou.
O Tempo passou.
E o silêncio agora é a nossa única verdade.
No fim, a alegria saiu, e a tristeza apareceu.
O Sorriso se foi, e a morte tomou o seu lugar.
A Felicidade já não existe mais.
E só nos ficou a cinza dos ventos, as folhas que passam e não voltam mais, a escuridão sem vida das trevas sem luz que se tornaram agora a nossa única realidade.
No Teatro da Vida, Alguém deu o seu último suspiro.
As Cortinas se fecharam porque não há mais ninguém para nos aplaudir, festejar e sorrir para nós.
Hojé, só existe o silêncio.
Tudo acabou.
Todos fugiram.
O Artista ficou só.
Solitário.
Sem nada nem ninguém.
As Trevas são a sua vida.
Vida que se foi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário