quinta-feira, 30 de junho de 2011

Saber Envelhecer

Saber Envelhecer
Da bengala para a cova

1. Idade dos Limites

Quando na rua converso com idosos, ou bato um papo legal com pessoas da terceira idade, ou troco idéias com aposentados e pensionistas do INSS, sempre costumo apreciar a sua sabedoria de vida e a sua grande experiência acumulada durante toda a sua trajetória de existência, o seu respeito às pessoas e o seu equilíbrio mental e emocional, o seu bom-senso das coisas e a riqueza de suas virtudes morais como a bondade e a paciência, a sua fé em Deus e o seu otimismo ainda que cercados por problemas, conflitos e dificuldades na rua ou na família, mesmo que impossibilitados por seus limites naturais e humanos ou doenças que lhes sobrevêm ou cansaços físicos e materiais, fadigas espirituais ou esgotamentos psicológicos, resultado de uma realidade absorvida pelo trabalho duradouro onde as fronteiras do tempo e as imposições de enfermidades ou o surpreendente encontro com a morte parecem as marcas registradas de uma velhice bem vivida em que o convívio com os seus produz estigmas inesquecíveis que fazem da saudade de quem parte uma oportunidade para fazer da lembrança uma porta de vida e esperança para os mais novos, desejosos de seguir o mesmo caminho dos mais velhos.
Esse o cardápio de uma boa velhice.
Onde a dignidade é a sua lei.
O Respeito a sua norma de vida.
O Equilíbrio a sua boa consciência e a sua verdadeira liberdade.
O Bom-senso a sua estrada de felicidade.
A Responsabilidade a garantia de uma existência final mais segura e tranquila.
A sua fé em Alguém Superior é a sua sustentabilidade cotidiana.
Os velhos, conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres e obrigações, são para nós exemplos de vida e modelos de uma existência sensata onde identificamos a paz das virtudes equilibradas, o otimismo do sorriso de bem com a vida e a alegria de um dia a dia experimentado com a força de valores bem estabelecidos e a firmeza de princípios bem consolidados. Daí os velhinhos serem bem orientados, e serem bons orientadores das gerações mais jovens.
Esse o caminho de uma velhice feliz.
Nela, a paz reina e o impérío do bem é o seu registro na história.
Todo velhinho é bom.
Graças a Deus.

2. Diante dos contrários

Nesse tempo de limites onde a natureza impõe regras de conduta e maneiras de se comportar e relacionar, o velho convive com sofrimentos de toda espécie, suas dores parecem intermináveis, a possibilidade da morte o assusta e entristece, angustia e deprime, a enfermidade chega avisando-lhe que precisa se cuidar, abrir o olho, ficar esperto, ser malandro perante as adversidades, ter paciência com o perigo que o rodeia e procurar sempre enfrentar com coragem o risco de viver que passou a ser agora a vivência de então. Eis que está cansado de tudo e de todos, só deseja dormir, esquecer os problemas, afastar-se da família e dos amigos e conhecidos, tentar ignorar as doenças que surgem e fazer de suas moléstias advindas um paliativo que o conscientize das fronteiras desse momento terminal em que as dificuldades são tantas, os conflitos são muitos, as contradições numerosas, as incertezas o incomodam, as dúvidas o instabilizam causando-lhe confusão mental, distúrbios físicos, emocionais e psicológicos, transtornos morais, sociais e espirituais, o que o deixa parcialmente enfraquecido, esgotado na cabeça e cheio de fadigas na ordem do corpo e da alma, da mente e do espírito. Frente a frente com esses contrários de sua existência final deve buscar sempre o equilíbrio e a paciência, procurar ser positivo e otimista, repousar bastante, se puder fazer alguma atividade cotidianamente, conversar com os companheiros, admirar as mulheres, ocupar a mente e sair da rotina, caminhar com assiduidade, crescer em harmonia com a natureza e o universo, lembrar-se de Deus e fazer da oração o sentido da sua vida, realizar coisas boas e encontrar-se com o bem que deve fazer, viver em paz uns com os outros, ter tranquilidade em si e ser calmo nos relacionamentos, usar o bom-senso em suas ações do dia a dia e fazer do juizo a lei de sua hora terminal. Desta maneira, conviverá bem com seus opostos, se comprometerá com uma velhice de qualidade, respeitará seus limites naturais, devendo agir em função de um momento em que suas fraquezas o determinam e suas carências definem seu estar-no-mundo, exigindo dele parceria com os seus, a companhia de alguém que também o respeite e compreenda, tolere suas inconstâncias e ausência de normas, ajudando-o a viver esses instantes decisivos de sua história temporal. Assim, se preparará para uma eternidade feliz, mais além.

3. O Convívio com a adversidade

Em ambientes de família onde repousam seus pensamentos finais, suas limitações físicas, psicológicas e espirituais parecem mais vivas e reais, suas fronteiras com o tempo estão mais acesas, obedecendo a um ritmo de ação em que sobressaem muitas vezes o Mal de Parkinson ou a Doença de Alzheimer, o Diabetes e o Sedentarismo, Transtornos Cardiovasculares, Distúrbios no cérebro e no coração, o terror do AVC(Acidente Vascular Cerebral), Indefinições no metabolismo do açúcar e do colesterol, e sua atitude quase sempre lenta perante os fatos do dia a dia quando não consegue perceber muito bem a notícia sobre o acontecimento verificado, e suas interpretações dos fenômenos da realidade estão sujeitas à confusão mental, à falta de juizo em algumas atividades, à presença de comportamentos pessimistas em relação à vida de cada momento e sua quase sempre negatividade junto aos seus, os velhinhos se encontram sim abandonados à consciência de seus limites e empreendem atitudes nesse sentido, enfatizando a convivência com doenças em geral, sua expectativa acerca do mistério de sua idade avançada carregada de sintomas de desequilíbrio emocional quando é claro o cidadão da Terceira Idade padece de vazios psicológicos junto aos seus, não consegue agir com bom-senso em algumas situações, e seu domínio da realidade se vê fraco, débil, enfermo, sofrendo as consequências de seu encontro com a morte a qualquer instante, e assumindo o peso de um cotidiano que não respeita e valoriza muito os mais velhos, fruto de uma sociedade em crise de valores éticos bem consistentes e de princípios morais, sociais e religiosos ainda não tão bem consolidados na essência da temporalidade de uma idade em choque com suas gerações mais jovens, em conflito consigo mesma, com dificuldades também financeiras ou com problemas em sua interioridade exigindo das pessoas terminais uma postura de equilíbrio em que deve harmonizar os defeitos dos outros com suas carências afetivas, a imoralidade de alguns com suas posições tradicionais de visão de mundo e de sociedade, como que se identificando uma realidade de controvérsias entre os sujeitos dependentes dos os outros e sua ânsia por autonomia e independência social, psicológica e ideológica. Nesse processo de alteridades existenciais, de metamorfoses cotidianas e de transformações na sua maneira de pensar, sentir e agir, se encontra a chave de compreensão dos antagonismos de uma velhice praticamente sem fundamentos alguns quando seu único ponto de apoio e sua tábua de salvação são os filhos e os netos, o que gera no idoso um certo estresse biológico, aflição na mente, conflitos de consciência e instabilidade em sua prática de vida cotidiana, sofrendo então os males da intolerância interpessoal e do desrespeito intercambial, sem praticamente modificações no seu olhar sobre o mundo visto que interpreta a realidade de um modo certamente hostil, conflitante e desestabilizador, quando cai em briga com suas ausências junto às pessoas do seu convívio humano, familiar e social. Como se observa, o idoso parece se encontrar em um universo sem opções, em uma rua sem saída para seus problemas de todas as horas e em uma via de existência que não lhe dá alternativas de bondade, compreensão e amizade, concórdia e convergência. O velho se acha só diante de um mundo de disputas críticas e dialéticas e mesmo assim mergulha em um contexto que ele vê como salvação de sua vida perante essas turbulências do cotidiano. A sua resposta é a tristeza e a angústia em face de seus limites e a resignação psicológica em frente a um quadro negro de circunstâncias contraditórias. Sim, o velho quer se libertar mas não consegue. Então se entrega à vida que o leva para o que Deus quiser e as condições do tempo e da história possam ser os determinantes de sua trajetória existencial final. Seu desejo é sumir, sua realidade é a depressão e o seu instante é de dúvidas e incertezas mesmo que se segure ainda em fundamentos acumulados com o tempo. Deus é a sua única possibilidade de vida. Em seu íntimo, reza ao Senhor. E sua fé o carrega nas costas para ele não cair na incongruência sem lógica de uma existência sem dó e sem pena de suas criaturas. Só lhe resta o silêncio.

4. O importante é lutar

Então, em sua crise existencial e perante expectativas e apreensões de sua natureza, o velho pensa e reflete: “Podem os rios secarem, ou as rosas não mais soltarem seu perfume suave, ou os passarinhos deixarem de cantar, ou os homens pararem de trabalhar, ou as mulheres não mais amarem, namorarem e paquerarem, todavia não faltará o Fundamento de todos os fundamentos, a causa das atividades humanas e naturais, o princípio do amor e do sexo, a origem da natureza e do universo e sua criação de seres vivos e animados.
Podem estar ausentes as nossas forças de agir, ou as nossas motivações para trabalhar e estudar, ou as nossas energias para rezar e conversar com Deus, ou o nosso entusiasmo para brincar e dar um sorriso para as pessoas, ou os nossos ânimos não reagirem perante a violência da Cidade e a crueldade dos campos, ou não termos mais incentivo para viver e existir de uma maneira razoável, otimista e equilibrada, ainda assim as raizes do ser continuarão a existir, as fontes do pensamento permanecerão de pé e as bases de uma existência de qualidade e bom conteúdo serão ainda mais vivas pois são sustentadas por Aquele que é o Senhor das almas e o Deus dos espíritos, o Criador, o Autor da Vida.
Podem nossas lágrimas não mais chorarem, ou nossa alegria não mais se manifestar, ou nosso bom-senso ser incapaz de fazer o que sempre fez, ou o direito desaparecer de nossa realidade cotidiana, e os indivíduos não mais se tolerarem e respeitarem, mesmo assim a vida se eternizará nos bons princípios éticos e espirituais que cultivarmos em nossa consciência e nos grandes valores morais e sociais condutores de nossa liberdade, sustento de nossa felicidade aqui e agora, e mais além.
Podem as coisas da vida se fazerem violentas, ou quase todos perderem a cabeça com os males da sociedade, ou os distúrbios da mente afetarem nossas emoções, ou os transtornos da alma e as turbulências do corpo contaminarem nossa boa vontade de ajudar uns aos outros, ainda assim acreditarei em Deus, e continuarei lutando em defesa da vida e em favor do amor, advogando em benefício da justiça e creditando minhas ações em prol de uma realidade humana mais transparente, verdadeira e autêntica.
O importante é continuar lutando.
A Vitória pertence a Deus”.

5. Em busca de uma resposta

A Crise da Terceira Idade começa a se manifestar quando a vida do idoso passa a ser um constante questionamento, percorrendo os seus momentos de lucidez até chegar à perda de parcial consciência das coisas, saindo de interrogações sobre o seu passado e presente junto à família até se chocar com a irracionalidade de situações em que demonstra perda relativa da memória, inteligência frágil, insatisfação sentimental, confusão de idéias, complicações na sua saúde biológica e psicológica, conflitos com o seu meio social, isolamento e solidão, o que reflete certamente a sua ânsia por segurança física e mental, emocional e espiritual, seu desejo por uma existência de estabilidade e tranquilidade, a sua procura por respostas que acalmem sua indisposição alimentar, seus distúrbios da mente e seus transtornos do espírito. Nessas horas de instabilidade emocional, ele busca a Deus, quer se segurar em Alguém que seja sua tábua de salvação neste mundo real que o rejeita, ignora e exclui. Então, se achega aos seus familiares que percebem sua transição de uma vida consciente para uma realidade de inconsciência quando necessita de amparo, precisa do aconchego familiar, quer abraçar se possível a todos que lhe garantam força para caminhar e energia para sustentar sua realidade humana bastante enfraquecida, limitada na natureza, debilitada pela doença, quase que perdida psicossocialmente, parecendo-lhe indispensável uma companhia permanente que lhe dê carinho e atenção, segurança e estabilidade, calma e tranquilidade, repouso para o corpo e descanso para a alma. Ora, a presença dos amigos é importante, a ajuda dos parentes indispensável, a colaboração de todos é fundamental. O Velho está carente, só e precisa de alguém do seu lado. É a hora da verdadeira amizade. Sofrendo, vê que não pode ficar sozinho. Precisa de companhia.

6. O Fator Presencial

Ter alguém do seu lado, fazendo-lhe companhia, ajudando-o a fazer suas atividades diárias e noturnas, colaborando com seus afazeres domésticos ou dialogando com ele em suas horas de descanso e solidão, batendo um papo bem gostoso com quem fez da vida a sua sabedoria de existência, a sua escola de aprendizagem em termos de conhecimento e sentimento, o seu caminho de experiências agradáveis mas também tristes e angustiantes, a sua estrada carregada dos vazios do espírito e da plenitude de uma realidade humana bem vivida junto aos seus. O Velho na verdade certas horas deprimido ou depressivo não quer apenas pessoas perto dele todavia quando possível realizar ações que promovam sua auto-estima elevada, aumentem o seu astral diante de ambientes diversos e adversos, diferentes e contrários, exigindo dele equilíbrio de consciência e bom-senso ao encarar situações instáveis e incômodas muitas vezes, boa atitude de malandragem perante um mundo de contradições generalizadas onde os mais velhos sobram dentro da sociedade, são excluidos de seus contextos de esporte e lazer, jogos e entretenimento, ignorados quase sempre porque não têm a mesma energia de antes e não podem suportar tempos excessivos de atividade, ou ainda rejeitados até por amigos e familiares e parentes, os quais parecem não querer perder tempo com quem é inútil a seus olhos, desprezível para a sociedade que pensa em status quo acima da média ou que recusa sua participação e envolvimento em assuntos onde reinam a velocidade moderna, a rapidez dos trabalhos executados e a aceleração de gerações mais jovens interessadas em viver a vida sem necessitar se perturbar ou incomodar com a presença de pessoas da terceira idade. Entretanto, os velhos gostam de ser amados, respeitados e valorizados como todo e qualquer cidadão ou cidadã desta sociedade cheia de preconceitos e de não inclusões humanas e culturais. Nesse processo de inclusão aceito por alguns e de exclusão abraçado por outros, o idoso sofre, se vê solitário, precisando de ajuda, necessitado de alguém do seu lado que dialogue com ele, interaja com seus pensamentos e compartilhe de suas idéias, sentimentos e atitudes variadas, outras vezes controversas, porém que têm algo de rico e profundo para apresentar às pessoas de seu entorno, cooperando com sua obtenção de qualidade de vida e excelência de experiências ótimas de trabalho e vida que só os cidadãos e cidadãs aposentados e pensionistas do INSS podem nos oferecer de imediato. Os velhos apesar de seus limites naturais ou de suas enfermidades incômodas querem participar do debate acerca dos problemas da sociedade, dar a sua opinião em questões políticas e partidárias, apresentar soluções e dar a melhor resposta que pode caber nesse momento, manifestar seu ponto de vista pessoal sobre os fenômenos da realidade cotidiana certos que podem outrossim colaborar para um mundo melhor e para uma humanidade mais feliz do que é hoje. Os velhos conscientes ou não querem participar. Interessa-lhes comungar com a melhoria de qualidade de vida das pessoas que se encontram do seu lado e em torno de seus espaços terminais e de seus tempos onde o limite é a sua lei.

7. Quando chega a depressão

Ao constatar que suas seguranças estão abaladas, um quadro vermelho de instabilidades sociais e familiares, psicológicas e emocionais, mentais e espirituais, invade sua vida de limitações plurais, ou então a irritação o persegue, fica nervoso constantemente, perde a cabeça muitas horas, briga com seus familiares, a ira sobe as escadarias de uma existência agora confusa e perturbada, a raiva de todos parece ser seu único caminho de ação, a cólera mergulha em seu corpo e sua alma, discute sem querer, solta palavrões um atrás do outro, o conflito se acostumou a ser sua trajetória de realidade mais autêntica, vive um dia a dia de problemas e dificuldades, desde então, o velho cai no fundo do poço do espírito, entra no abismo de um ambiente hostil e de contradições permanentes, deseja só ficar deitado e dormir eternamente, não possui forças para se levantar, não tem ânimo para reagir, passa a conviver com a depressão patológica, responsável por sua vida de altos e baixos, de quedas e subidas, de créditos e débitos, de ascensão e buraco mais fundo, o que lhe deixa triste e angustiado, sem energias para dar a volta por cima, carente de amor e isolado de todos, pois seus limites subiram a sua cabeça confusa e as fronteiras do tempo parecem lhe dizer que a morte ronda seus espaços de existência final. Anseia por morrer. Não quer mais saber de nada. Está cansado da vida e esgotado mentalmente. A Fadiga o deixa caido, e inicia o esquecimento de si mesmo e dos outros, já que sua memória está fraca e sua inteligência não funciona mais como deveria. Só quer dormir. Perde toda iniciativa. Não vê motivação para viver e existir. Parece vegetar. A Inconsciência o visita diariamente. Luta pela razão, ainda quer a lucidez, mas seus limites parecem mais fortes, a doença toma conta de sua natureza e a enfermidade o deixa no chão, caido na rua de casa, ou perdido em uma consciência que não mais faz a diferença entre as coisas. Quer a morte. Eis a sua íúnica estrada opcional nesses instantes de fronteiras indefinidas e de contornos indeterminados. Está à margem do último suspiro. A respiração fica frágil e só tem um anseio: a morte.

8. O Caos em pessoa

A partir do 60, 70 e 80 anos quando o idoso já aposentado, permanecendo ou não no mercado de trabalho, ou desenvolvendo atividades como estudos de informática, trabalhos na internet, participação em eventos esportivos, artísticos e musicais, ou vendo televisão em casa ou ouvindo rádio em seu apartamento, ou assumindo amores e romantismos com companheiras de sua idade, convivendo com as gerações mais novas em shows e espetáculos de dança, lazer e entretenimento, ele observa que, apesar de todas essas ações e atitudes, onde descansa ou não, ele constata, entende e reconhece que sua vida de cada dia, noite e madrugada virou um caos, as coisas não funcionam mais como antes, as ocupações desapareceram, os amigos se distanciaram, a família já começa a olhá-lo com outros olhos, os parentes o excluem de seu cotidiano na rua ou em seu lar, os conhecidos nem se lembram mais dele, e sua memória agora, fraca e debilitada, doente e frágil, parece não mais recordar a riqueza de suas experiências e a beleza do seu passado, a sábia prática de vida em que o saber das idéias e o poder de suas ações interferiam na vida das pessoas ou interviam para ajudar a resolver problemas da sociedade, solucionar dificuldades em sua existência pessoal e de grupo, social ou financeira, ou ainda bem administrar conflitos de uma cidade agressiva, violenta entre si, que faz da cultura da morte e de uma mentalidade do mal o sentido de seus ambientes hostis e a razão de seus contextos contraditórios onde reinam o desequilíbrio mental e emocional, a irracionalidade das consciências e a insensatez de quem não gosta da vida e vive a perseguir, incomodar e admoestar quem faz de sua realidade viva uma oportunidade para namorar e paquerar, trabalhar e articular atitudes em prol do progresso de suas comunidades fazendo evoluir suas inteligências na construção de boa saúde e bem-estar para todos e cada um. Diante desse caos interior de consequências externas, ele quase sempre perde a cabeça, adquire enfermidades terminais, seu colestoral negativo aumenta e o diabetes o faz um cidadão cansado, deprimido e problemático, tornando-se então um obstáculo para todos e uma barreira inquietante para os seus. Nessas horas depressivas, pensa na morte, enfrenta os desafios de uma velhice incontrolável, sofre com os preconceitos de seus familiares, vive a rejeição de quem deveria compreendê-lo e ajudá-lo a superar essa crise final de uma terceira idade de transtornos de todo tipo e cujo modelo de distúrbios agora frequentes estão a derrubá-lo frequentemente ao ponto de ao se deitar na cama, querer dormir para sempre, não mais desejar acordar. Caótico, o velho se esgota, cansa de viver e a fadiga é a sua única norma de vida cotidiana. Uma realidade crítica e dialética que só quem a experimenta sabe de seus infortúnios, aflições e desesperos, tristezas e angústias em jogo. O Velho quer morrer. Não atrapalhar mais a vida de ninguém. Não ser mais incômodo para as pessoas. Então precisa de orientação psicológica e espiritual para não afundar no fundo do poço. Que Deus o ajude. A Fé é importante nesses instantes derradeiros.

9. Em nome da Memória

A Lembrança do passado também é uma forma de viver a vida quando o cidadão ou cidadã da terceira idade recorda suas experiências positivas e negativas em sua trajetória cotidiana ao longo do tempo desde o nascimento até esses dias atuais ou suas práticas de cada dia, noite e madrugada otimistas e pessimistas refletindo tudo isso junto aos seus, contando-lhes histórias antigas, vivências interessantes e importantes maneiras com que soube encarar a vida diária convivendo com opostos, fazendo o bem e o mal, cultivando saberes, sentimentos e emoções ou agindo com violência em circunstâncias em que era necessária a agressividade, como ainda os momentos agradáveis e desagradáveis no trabalho e em casa, na paquera com as mulheres ou na construção de amizades sinceras ou de amigos que se foram e não voltam mais. É a hora da saudade. Saudade dos velhos tempos de criança e adolescência, dos namoros quentes e apaixonados da juventude e de uma maturidade cujo ápice é esses instantes de reflexão e compartilhamento com amigos, parentes e familiares. Hoje, ele vê a saúde indo embora, desaparecer os seus conhecidos, o amor não existe mais, e sexo é coisa que aposentado jamais viverá pois em condições terminais só lhe resta o silêncio dos justos, ou a sobriedade das pessoas direitas ou a transparência de quem viveu a vida com autenticidade, interagindo com todos, buscando o bem e realizando coisas boas com tudo e com todos. Tal recordação lhe faz bem, é um modo de passar o tempo saboreando virtudes elevadas e conteúdos de conhecimento de qualidade como garantia de bom exemplo para os mais jovens, oferecendo-lhes sua tradição de bons hábitos e costumes excelentes, riqueza de vida espiritual feita com profundidade, sinceridade e honestidade. “Olha, o velho tá indo embora. A gente se reencontra na eternidade”.

10. Problemas generalizados

Chegado esse tempo terminal o velho parece cabisbaixo porque ninguém liga para ele ou lhe dá atenção, a família o ignora e é desprezado por quase todos que se achegam a ele, ridicularizado muitas vezes diante dos filhos e netos, sofrendo o peso da idade e um mundo de dúvidas e incertezas que inquietam e desestabilizam seu coração cansado, sua mente esgotada e seu espírito fadigado, quando um complexto de transtornos invadem seu corpo e sua alma, distúrbios aumentam e se avolumam afligindo sua realidade interior, tirando-lhe o sossego e causando-lhe insatisfação emocional, fraqueza psicológica e carência afetiva e social, o que o faz se isolar do seu meio e mergulhar em um estado profundo de solidão e depressão tornando seu contexto de saúde abalado, desanimado e problemático. E eis que então apela aos deuses, se segura em tábuas de salvação, se agarra em mitos, ídolos e personagens da história a fim de que possam garantir-lhe a segurança pessoal, tranquilizar a sua alma e estabilizar a sua consciência cercada de um ambiente de hostilidades e contrariedades, desanimando-o perante o cotidiano, tornando-o um amigo da cama onde se atira diariamente em um sono fundo capaz de derrubá-lo se ele vacilar com seu instante de instabilidade física. Ora, nesses momentos de abismo espiritual, o idoso talvez se veja afundando no poço da existência, pois se encontra sozinho e sem quem lhe faça companhia ou lhe dê a cortesia constante de um abraço apertado e um beijo motivador. Sente a falta de alguém. Precisa de uma presença ao seu lado. Ocorre que nessa hora ele se segura na mão de Deus, sua única resposta para seus questionamentos permanentes, sua única solução para seus problemas, sua única saída de frente para tantas interrogações do dia a dia. Só sua fé em Alguém Superior torna sua realidade viva capaz de prosseguir na estrada e se entusiasmar novamente por um caminho de existência de qualidade de conteúdo material e espiritual. Pensando assim, dorme tranquilo, já que Deus é sua segurança, tranquilidade e estabilidade. Tal clima de situações finais faz-lhe um ser pacífico, calmo em sua alma e em repouso no corpo e no espírito. O Velho dorme em paz.

11. Problemas e Soluções

No dia a dia da família, junto a parentes, amigos e conhecidos, o cidadão ou cidadã da terceira idade sente o tempo passar, a vida mudar, o mundo se transformar, a sociedade voltar-se para coisas antigas ao mesmo tempo que avança à procura da modernidade, sustentando uma convivência social muitas vezes marcada pela violência e a maldade das pessoas ainda que a solidariedade impere quase sempre como alternativa de uma ordem feliz dentro do convívio humano. Olhando tudo isso, o velho vê os problemas a sua volta e busca respostas para tantas perguntas e soluções para inúmeras dificuldades, conflitos internos e contradições no meio em que vive com seus familiares. Doenças da terceira idade como o Mal de Parkinson, o Diabetes, o Colesterol Alto, a Doença de Alzheimer, o Tabagismo exacerbado, o Alcoolismo exagerado, Doenças Coronárias, Cânceres em geral, a Hipertensão Arterial, a Obesidade, o Sedentarismo, o AVC(Acidente Vascular Cerebral) são incômodos e inquietações que devem ser superados com um pouco de paciência, otimismo de vida, sorriso no rosto, alegria de viver, equilíbrio mental e emocional, bom-senso das coisas, fuga da rotina, um sono tranquilo, exercícios físicos como corrida e caminhada e ginástica, alimentação regular, saudável e sensata, lazer e entretenimento, ocupação da mente com trabalhos possíveis de fazer, orações a Deus, boas obras, o cultivo de uma vida fraterna e solidária, o respeito às pessoas, a atitude responsável perante os fatos, ações de justiça, ótimos conselhos para a juventude, enfim, toda uma série de resoluções fundamentais para a ultrapassagem de transtornos da consciência e distúrbios da experiência, assumindo então uma vivência de qualidade e de riqueza de conteúdo cultural, psicológico e espiritual, o que torna sua realidade problemática um pouco mais sustentável quando o bem que faz e a paz e a tranquilidade com que leva o seu cotidiano podem torná-lo uma pessoa agradável mesmo que alguns o considerem um chato e rabujento, nojento e mal educado. O que importa é que o idoso viva bem em si a sua vida, tenha a sua auto-estima elevada, esteja de bom astral, animado e entusiasta, motivando seu ambiente e incentivando seu contexto de existência diária e noturna a ser mais bonito de encarar, mais alegre e positivo, vivido com qualidade sustentável. Então, o velho se vê bem. Parece que algo melhorou com essa outra, nova e diferente visão da realidade. Mais calmo, segue o seu caminho.

12. O Instante Final

Nos últimos momentos terminais quando a doença já está complicada e generalizada, os problemas de saúde se multiplicam, a família não sabe mais o que fazer, os amigos e conhecidos se distanciam, então surge a hora da internação, e o hospital de emergência recebe o idoso e o leva logo para a UTI tendo em vista seu quadro imunológico estar alterado e enfraquecido, sua aparência é débil, e necessita imediatamente de soro fisiológico, remédios e injeções que ajudem a modificar para melhor aquela situação de dificuldades numerosas e contrariedades inquietantes. Ora, a tensão é grande e a pressão familiar questiona as mais avançadas tecnologias da medicina moderna ansiosa que está por ver um final positivo para esse cidadão ou cidadã cansado da vida, esgotado mentalmente e fadigado no corpo e na alma, no limite da existência temporal, uma história que tem a marca registrada da depressão patológica e distúrbios da consciência e problemas de razão e coração, transtornos no comportamento, no caráter instável e na personalidade trabalhada praticamente com a irracionalidade de uma inteligência sujeita às fronteiras doentias do tempo e submetida aos caprichos maléficos de um ambiente social muito preconceituoso com as pessoas da terceira idade. Internado, o velho vive seus dias terminais. A Morte está por perto querendo arrebatá-lo para junto de Deus a fim de que ele repouse para sempre de suas fadigas e trabalhos, empenhos e esforços por um mundo melhor, de suas atividades agora evaporadas, todavia que trazem a sabedoria da experiência de quem fez da vida um louvor a Deus, um caminho de bondade e compreensão, tolerância e paciência, concórdia e convergência. Então, a hora final. O Fim de uma realidade pessoal sujeita às condições da história mas que a partir de agora se joga e se abre aos braços do Criador, Autor da Vida, para que Ele abençôe esse sujeito de idade avançada, refém de enfermidades diversas, limitado na natureza e incluido entre aqueles que fazem do seu fim temporal a porta da liberdade, rumo à felicidade completa no paraiso da eternidade. Sim, são os minutos derradeiros de alguém que deu valor à vida e respeitou a ordem da natureza, foi disciplinado na sociedade e se organizou e se preparou para que esses últimos segundos de sua vida não o surpreendessem, e chegassem com a Carta do Céu dizendo-lhe o Senhor nosso Deus:”Seja bem-vindo à Casa de Deus. A Felicidade eterna o espera. Viva desde agora de bem com a vida e em paz com a sua consciência. Seus amigos e parentes querem festejar a sua presença entre nós.”

13. O Equilíbrio Vital

O ideal é que o idoso chegue aos 70, 80 anos com relativo equilíbrio e juizo de consciência. Entretanto, a realidade muitas vezes não é essa, visto que inúmeros casos de velhice apresentam tendências do desequilíbrio e insensatez, quando a irracionalidade supera a inteligência e a imaginação patológica substitui a mente sensata, o que caracteriza, como hoje sabemos, um dos fenômenos do Mal de Alzhieimer, onde a dificuldade de memória leva a pessoa da terceira idade a um certo estado vegetativo quando a sua consciência das coisas e o bom-senso da realidade sofrem abalos culminando com a perda quase total da racionalidade humana. Então, junto a essa desmemorização, ocorrem moléstias diversas e enfermidades variadas, o diabetes se eleva e o colesterol sobe, a hipertensão arterial assusta, e doenças diferentes começam a se manifestar no corpo do velho, ora carregado de problemas psicossociais, dificuldades financeiras e conflitos com a família, parentes e amigos. Falta-lhe o equilíbrio necessário. A Sensatez de quem está de bem com a vida e em paz com sua consciência. Problemático, o cidadão ou cidadã aposentado ou pensionista do INSS altera sua rotina diária, dorme excessivamente, a depressão bate a sua porta e males complicados parecem atingir suas funções orgânicas, a sua atividade celular e sanguínea, e seus órgãos e aparelhos do corpo se sentem debilitados por causa do baixo astral e da fraca auto-estima que ocupa a vida terminal dessa pessoa idosa. Ora, o velho talvez esteja perdendo o juizo. E se arrasta para tentar viver seus momentos finais. Sua bengala é a sua companheira fiel e a cova mais a frente a sua parceira de despedida desse mundo que não gosta dos velhos.

domingo, 26 de junho de 2011

A Questão Gay

A Questão Gay

Apresentação

Embora eu seja heterosexual e prefira mulheres no meu relacionamento de amor e sexo percebi a necessidade como filósofo e produtor de conteúdo de esclarecer algumas coisas que têm posto em dúvida e confundido nossa relação com os Gays, indo inclusive até a loucura da violência interpessoal. Eis como interpreto a Causa Gay:

1. Chega de preconceito

No Antigo Testamento, após o dilúvio e a tempestade e o temporal de 40 dias e 40 noites que sacudiu a Terra, quando muitos morreram e outros desapareceram sem mais dar notícia, Deus olhou para a Arca da Aliança e viu Noé e sua família e sua gente e seus animais e a vida que ainda restava e insistia em viver, e sem mais nem menos fez brilhar no Céu o Arco-Íris, sinal da aliança que então se fez entre o Criador e suas criaturas. Nesse instante, o Autor da Vida abençoou o território que restava e ordenou que se fizessem novas todas as coisas. E o mundo começou a mudar para melhor, o dilúvio nunca mais se repetiu, e as pessoas puderam viver em paz umas com as outras por longos dias, meses, anos, decênios, séculos e milênios. O Senhor dos tempos inaugurou assim um momento diferente de novas alternativas de vida, de diversas possibilidades de existência e de oportunidades variadas para tudo e para todos. Eis que ora os homens gritavam: “ Viva a diferença. Viva a diversidade. Viva a pluralidade. Bendito seja o Senhor para sempre!”. E assim o Planeta Global passou a respirar vida alternativa, amor colorido, realidade diversificada, onde as diferenças deveriam ser respeitadas, os contrários bem administrados, os preconceitos superados e as superstições ultrapassadas com inteligência e transcendidas com a sabedoria de quem gosta de viver a vida optando por permitir a liberdade para si e os outros, a felicidade para todos e cada um, a saúde coletiva e individual e o bem-estar geral de todos os cidadãos e cidadãs de sociedades em que o bem-comum deve ser sempre a lei reinante no convívio de diferentes, na interatividade de contextos diversos e no compartilhamento de ambientes variados. Pois bem. É justamente deste modo que eu observo a causa gay e suas consequências sociais e morais das quais não é possível se alienar nem ignorar nem se excluir de suas forças de diversidade múltipla e de variedade de conteúdos e de sujeitos que assumem compromissos e se unem em nome de um amor cujo símbolo é precisamente o Arco-Íris. Sim, viva a diferença, porque o importante é ser feliz. Os Gays estão aí, por aqui e por ali. É uma realidade social. Chega de preconceitos! Que cada qual siga a sua consciência com a transparência de virtudes bem abraçadas e a autenticidade de uma opção de vida feita com racionalidade e cordialidade, amor e responsabilidade. Devemos respeitar as diferenças. Viva a diversidade. Viva as pessoas verdadeiras que superam as pressões da sociedade, estão acima dos conceitos e definições alheias, vivem longe de estigmas ou marcas registradas de ambientes sociais hostis às suas alternativas de vida e opções de existência. Que Deus abençoe os Gays. Também são gente. São pessoas humanas e filhos do Senhor. Têm direito de ser alguém na vida. Merecem igualmente ser felizes. Portanto, viva a diferença, salve a diversidade, parabéns para a pluralidade. O importante é ser feliz.

2. Uma realidade social

Não podemos negar de jeito nenhum que o homossexualismo sempre foi uma realidade histórica e social no seio da humanidade, desde os tempos antigos passando pela Grécia de Sócrates e Platão até chegar aos nossos dias atuais, o que significa que o casamento gay e a união homoafetiva, seu desejo de adotar crianças e demais direitos civis dessa ligação de parceiros do mesmo sexo, seja homem com homem ou mulher com mulher, assim como a homofobia, devem ser reconhecidos como problema ou solução para muitas pessoas que fazem assim a sua opção de vida individual, seguem conscientemente sua postura sexual, procuram agir em nome de uma liberdade voltada para o respeito às diferenças, o incentivo à pluralidade de grupos e comunidades e o anseio por diversidade de conteúdos e relações presentes sobretudo nas sociedades modernas no mundo inteiro globalizado pelas revoluções culturais e científicas e tecnológicas e pelas metamorfoses sociais e familiares, quando conceitos novos de família se fazem e definições de sociedade diferentes se realizam, mostrando e demonstrando para nós como a realidade é mutável, os valores de vida se transformam e os princípios orientadores da existência se alteram de acordo com as necessidades temporais dos homens e das mulheres e seus desejos por mudanças de comportamento, outras estruturas de consciência e anseios diversos por liberdade e autenticidade, modelos que são fonte de felicidade para todos e cada um. Sendo assim, não podemos ignorar a realidade gay e a aspiração dos homossexuais em seguirem o seu caminho, porque também são filhos de Deus e querem ser alguém na vida, e como dizem: “através do amor colorido, do sexo salada de frutas, do símbolo do Arco-Íris, pode-se ser feliz igualmente, desde que tal trajetória de vida corresponda aos anseios mais fundos e profundos da natureza humana diversa, plural e diferente. Os Gays são uma alternativa de vida viável.

3. Uma opção de vida

O grande problema que envolve o homossexualismo e outras minorias no interior da realidade cotidiana em todo o Globo Terrestre é quando o “estigma” faz a cabeça das pessoas, transforma para pior o conceito e a definição de Gay na mente de grupos e indivíduos não bem orientados sobre a cultura que estabelece deveres e direitos à união homoafetiva, torna essa mentalidade algo aberrante e cujo desvio psicológico e comportamental pode comprometer o bom relacionamento com gente desse tipo, muito preconceituosa e que deixa o Arco-Íris na berlinda de uma interrogação onde uns advogam a causa gay enquanto outros pregam a homofobia com unhas e dentes seguindo seus preceitos morais e suas superstições religiosas, desfigurando a identidade e a dignidade desse povo inclinado a gostar de cidadãos ou cidadãs do mesmo sexo, rebaixando sua autonomia, independência e liberdade, interdependência e interatividade, desprezando sua atitude em sociedade, ignorando sua atuação no mercado de trabalho sobretudo em profissões liberais e nas áreas política e cultural, social e financeira, artística e musical, religiosa e institucional, e excluindo sua participação em regiões ideológicas em que as barreiras psicossociais são mais fortes, a contra-cultura é elevada, o contrassenso é enorme, a falta de equilíbrio é desconcertante e o bom-senso ordena tolerância e compreensão perante os “estigmas sociais” tão graves e críticos quanto a morte cerebral e as doenças sexualmente transmissíveis – DST – o que não só decreta o absurdo desaparecimento de homens e mulheres vivos como também a sua inadimplência ética e cultural, moral e espiritual, sujeitando-os a definidos bloqueios da consciência e à determinação da sociedade sobre seu destino, origem e meio, quando o que deveria prevalecer é o fato que se deve respeitar a opção de vida de cada um, entender as diferenças interpessoais, preferenciar o direito e a responsabilidade do julgamento, colocando a situação em seu devido lugar, ou seja, cada qual deve ser responsável por seus atos, abraçá-los com coragem e determinação, segui-los com seu ponto de vista pessoal, embora o seu entorno diga o contrário, visto que sua natureza os orienta para essa condição sexual, que deve ter a reverência sensata e racional de todos. Na vida, cada pessoa faz a sua opção sexual própria, seguindo sua consciência natural, ainda que os contrários insistam em estigmatizá-la ou fazer dos preconceitos sociais, morais e religiosos a negação de sua existência contradizendo em público ou não seu direito de viver e existir em sociedade. Respeitemos a decisão de cada um. A Vida sabe o que faz.

4. Respeitar as diferenças

Com certeza, a formação cultural e a educação familiar, o repertório de conhecimentos adquiridos com o tempo, sua estrutura moral e religiosa, seu comportamento ético e sua compostura espiritual, suas relações com as pessoas e suas atitudes na família e no trabalho, seus contatos e ambientes de vida e amigos prediletos, seu ponto de vista pessoal e sua mentalidade diferenciada dos demais, seus sentimentos e romances assumidos, seus compromissos em noitadas e shows, eventos e espetáculos de música, teatro e cinema, o modelo de profissão que experimentou ao longo de sua caminhada cotidiana, seus relacionamentos íntimos com homens e mulheres, sua sexualidade praticada de qualquer maneira, os desvios de caráter e os transtornos de personalidade, traumas obtidos com o tempo e frustrações internalizadas com o decorrer da história, o fantasma dos estigmas e os preconceitos sociais, morais e religiosos, a aberração psicológica e seus conflitos ideológicos com sua consciência, valores de transgressão sexual e princípios mal alicerçados, instáveis e relativos, indefinidos e indeterminados, a carência amorosa e distúrbios de sexualidade, doenças venéreas ou DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis – como a AIDS, enfim, toda sorte de fundamentos psicossociais quem sabe projetaram esse ser diferente, amor colorido, uma salada de frutas sexuais, que se chama Gay, o homossexual consciente de sua condição sexual cuja natureza o fez assim, ou progrediu para que se tornasse alguém diverso dos demais, uma minoria social, algo plural em sua opção de vida primordial. Por isso, devemos respeitar as diferenças humanas, naturais e sociais, entre elas os Gays, e saber conviver com elas, discernindo o que é bom nisso tudo e o que nos faz bem temporalmente. Façamos a diferença entre as coisas.

5. Seguir a consciência

A Cultura Gay e sua mentalidade homossexual é uma realidade abraçada por muitos que fazem de sua sexualidade a diferença no meio da sociedade quando constroem direitos civis e lutam por uma alternativa de vida que em seu entorno padece de grandes preconceitos, barreiras ideológicas e psicológicas e obstáculos ao conhecimento de algo que precisa ser encarado com seriedade e responsabilidade a fim de que superemos uma situação que hoje provoca polêmicas generalizadas, dissemina a violência entre grupos e comunidades e é objeto de agressividade por parte de vários indivíduos, estigmatizados por circunstâncias sociais e familiares que incentivam o proibido, cultivam a aberração de caráter e de personalidade, propagam a perseguição moral e religiosa, publicam condições de rua e de trabalho e de existência ainda duvidosas quando se referem à causa gay e seu mundo de efeitos e consequências sociais e culturais, políticas e ambientais. No entanto, urge reconhecer, admitir e ponderar com sensatez e equilíbrio que seus adeptos e seguidores quem sabe seguem a sua consciência natural ou talvez obedeçam a sua natureza padecente, que sofre os castigos de uma sociedade preconceituosa, que exige deles superação de valores tradicionais e transcendência de princípios absolutos em nome da liberdade humana e natural, base da verdadeira felicidade individual e coletiva. Desta maneira, deve-se levar em conta que os cidadãos ou cidadãs gays também têm a sua dignidade e percorrem esse caminho alternativo a partir de uma consciência diferencial e de uma liberdade plural onde a diversidade de opções deve ser uma realidade respeitada e venerada por todos e cada um. Compreendendo isso, evitaremos julgamentos antecipados, críticas sem valor algum, confusão social e complicações mentais e físicas, emocionais e psicológicas, morais e religiosas, éticas e espirituais. É preciso ser tolerante nessas horas de debate de idéias diferentes e contrárias, de duelo de preconceitos e de briga de controvérsias que muitas vezes não levam a nada e não possuem sentido algum, mas que precisam da nossa paciência virtuosa, da nossa ultrapassagem de estigmas sociais e de uma volta por cima para olhar a condição sexual gay de um modo novo, diferente, com os olhos da compreensão e com a ótica da tolerância comportamental e com a visão do respeito moral necessários nesses instantes de contradição. Fazendo isso, ignoraremos a violência e os transtornos provocados pela ignorância de ambas as partes envolvidas, o que nos levará certamente à paz interpessoal, à calma social e à tranquilidade existencial, repousando nossa cabeça no travesseiro certos de que cumprimos com a nossa obrigação ética: ser compreensivos com as diferenças, tolerar a diversidade e bater palmas para quem faz da vida plural uma opção de vida responsável que merece o respeito e a veneração de quantos partilham dessas mesmas idéias e ideais, valores e princípios. Conscientes somos mais livres, e portanto mais felizes.

6. Em busca da liberdade

O que é preciso enxergar na cultura homossexual é o que ela tem de bom e pode oferecer para nós de positivo como por exemplo a sua busca por liberdade, a sua opção de vida sexual e sua alternativa de comportamento baseada na diversidade de pontos de vista e visões novas e diferentes da realidade, e na pluralidade de sentimentos e emoções, o que nos faz olhar a vida de cada momento com os olhos otimistas pois passamos a observar a importância de se respeitar as diferenças entre grupos e indivíduos na sociedade, a partir de que urge ignorar o que de mentalidade ruim existe nessa atitude gay como os males da pedofilia, o homossexualismo corrupto, o hedonismo exacerbado, a linguagem e as normas distorcidas, as doenças venéreas como a sífilis, a hepatite B, a gonorréia e sobretudo a AIDS, nos levando a olhar o mundo da sexualidade com a ótica de Deus onde o que é bom e do bem deve ser preservado, e o que é mau e do mal, e ruim, rejeitado, ignorado e excluido da nossa vida de todo instante. Assim, constatamos socialmente um amor gay sim, porque a realidade nos mostra isso, mas que seja vivido, praticado e experimentado segundo as coisas boas da vida e que nos façam bem, assumindo com ele compromissos de respeito, seriedade e responsabilidade, convivendo portanto com a variedade de condições sexuais que devem fazer algo de positivo em nossa cabeça, agora tendo de encarar uma realidade transformadora e globalizada, onde os apelos das sociedades modernas se fazem ouvir, e seus gritos de dignidade e respeito, compreensão e tolerância precisam ser escutados por todos e cada um. Nesse sentido, precisamos visualizar no homossexualismo o que tem de positivo e bom, e rejeitar radicalmente o que é contrário à natureza e à consciência, aos bons valores da família e aos princípios de uma sociedade onde a ordem comum deve ser venerada, a disciplina de ações reverenciada e a organização de trabalhos e instituições respeitada em suas raízes desde o “Contrato Social” de Rousseau até os nossos dias atuais.

7. A Transparência é tudo

Aprecio no repertório do Arco-Íris, na cultura gay e no comportamento homossexual a sua sinceridade de vida, a sua honestidade no trabalho e na família, a sua autenticidade ética, espiritual e existencial, a sua bondade de ações, o seu desejo de ajudar as pessoas, a sua procura por solidariedade no contexto social, seu anseio por amor e paz entre comunidades muitas vezes discordantes e divergentes, sua função conciliadora resolvendo problemas e solucionando dificuldades, sua disponibilidade em construir a sua volta alternativas de vida razoável, sensata e equilibrada, criar oportunidades para todos, gerar possibilidades de trabalho e emprego, arte e música, teatro e cinema, enfim, sua aspiração por coisas boas e que fazem bem à sociedade como um todo. Gosto de sua transparência virtuosa, na consciência e na experiência cotidiana. Admiro seu convívio consigo mesmo quando sabendo das condições que a natureza lhe impôs resolve assumir a verdade da sua vida interior e realidade externa passando a viver e existir autenticamente segundo a ordem de sua natureza humana e em obediência a uma consciência que se acostumou com as aberrações morais e sociais de seu meio, os preconceitos da sociedade e os estigmas de um mundo “correto” que lhe carrega de turbulências variadas que afetam seu lado físico e mental, psicológico e espiritual. Seu universo é a realidade de uma minoria praticamente ignorada por esse ambiente hostil de uma realidade de vida onde predominam a religião que destrói, a cultura moderna e tradicional que despreza e uma mentalidade real e atual em que não imperam os valores da diversidade e os princípios da pluralidade. Não devemos esquecer que os gays ainda que nos incomodem ou atrapalhem socialmente também são filhos de Deus e têm portanto uma dignidade que deve ser respeitada por todos e cada um.

8. Ponto de vista pessoal

O que mais dói na vida de um sujeito que vive em sociedade é o peso da rejeição de seu meio, o fato de ser excluido da roda de amigos ou de ser ignorado pelo ambiente de família, rua e trabalho. Talvez por causa disso o cidadão ou cidadã gay prefira seguir a sua realidade pessoal, caminhar segundo seu ponto de vista próprio, optar pelo isolamento e a solidão ainda que mantenha contato com seu pequeno círculo de conhecidos, sabendo todavia que o estigma existe, o preconceito está presente, e é realmente empurrado para fora de seu contexto de vivências e experiências sociais, culturais e ambientais. Igualmente no mercado de trabalho sofre retaliações de seus colegas e é mantido distante de seu grupo de eventos, de shows musicais ou espetáculos de cinema, teatro e televisão. Quando participa de um ambiente de trabalho ou de uma reunião da empresa ou da assembléia do sindicato da categoria a que pertence, sempre é visto com outros olhos, observado sob a ótica do desprezo e do escárnio, não lembrado nas festas e aniversários, expulso de seu convívio familiar, sob a alegação de que “você é diferente”. Desde então, o homossexual escolhe viver a sua vida pessoal, isolar-se da sociedade, seguir experimentando o risco de ser rejeitado, padecendo a agonia de ser excluido, sofrendo com a ignorância de quase todos, só lhe restando a simpatia de quem é esclarecido mentalmente, tem a lucidez da consciência, o bom-senso das coisas, o equilíbrio de quem é bom e faz o bem e o juizo das pessoas compreensivas e tolerantes. Pois agora vive assim a sua realidade cotidiana. Prossegue a vida sob o risco da rejeição, o peso da ignorância da sociedade e a oneração de quem é excluido no corpo e na mente, nas idéias e nos ideais, nos princípios e valores que para si é o mais certo e correto de se viver. Porém como é minoria prevalece a ignorância da maioria. Resta-lhe o silêncio daqueles que o compreendem e toleram seus limites, seus estigmas, preconceitos, traumas e frustrações. Sua alternativa desde agora é viver a sua própria vida longe dos que não o aceitam. Até que Deus conscientize a sociedade de que ele também é gente, uma pessoa humana, filho desse mesmo Deus e Senhor da Vida que lhe deu dignidade de criatura amada, respeitada e valorizada pelo Criador, o Autor da Vida.

9. O importante é ser feliz

“O que importa é o que eu penso, e não o que os outros pensam de mim. O que vale é o meu ponto de vista pessoal, e não a opinião alheia. Podem me xingar, colocar defeitos em mim, que eu não vou mudar. A Natureza me fez assim. E por isso eu acho que Deus me aceita e gosta de mim. Se é natural, então é de Deus”, eis o pensamento dos homossexuais, que acreditam que sua condição sexual é vontade de Deus, é não só humana como também divina. Tendo em vista esse princípio gay, dizem eles: “O importante não é as palavras ou os discursos ou os preconceitos da sociedade. Quero ser feliz como todo mundo tem direito de ser feliz. Buscando essa alternativa de vida, posso encontrar a felicidade”. E ainda sugerem: “Sei que Deus quer a minha felicidade. Também sou filho de Deus. E minha dignidade consiste nisso: que eu sou de Deus”.

10. Ser alguém na vida

ONGs, Órgãos federais, estaduais e municipais dos Governos Nacionais e Internacionais, Federações artísticas e esportivas, Instituições Globais como a ONU, a UNESCO, a OMC, a FIFA, o COI, o FMI e outros, têm advogado a causa dos que sofrem com a violência das sociedades e a agressividade dos seus meios familiares e de trabalho e de rua, como é o caso dos Gays. Um exemplo de homofobia que constrangeu a todos os brasileiros aconteceu em Brasília, capital federal, quando 3 homossexuais abordaram em um ponto de ônibus do Distrito Federal alguns jovens que conversavam sobre seus problemas particulares. Ora, os jovens não gostaram da abordagem dos Gays e partiram para a briga e a perseguição deles até o desfecho fatal onde um desses cidadãos transsexuais recebeu uns golpes de facada que deram origem a sua morte quando chegara ao hospital. Ocorrências como essa revelam o estado de homofobia que contamina a muitos, contagia a quase todos e decepciona os mais esclarecidos e que têm por opção defender a vida e a dignidade das pessoas, ainda que sejam Gays, lutando pelos direitos humanos de todos os grupos e minorias das classes e categorias sociais tendo em vista sua cultura da vida, pela vida e para a vida, sua mentalidade de não violência, quando então pregam o bom convívio humano, a paz interpessoal, a concordância das diferenças e a convergência das diversidades, fazendo interagir os contrários para que enfim reine a tranquilidade das consciências, vença a liberdade de cada um e se acalmem as contradições aparentes e as adversidades aberrantes. Constroem assim a desconstrução do mal e seus efeitos negativos e suas consequências pessimistas para os ambientes onde convivem famílias de respeito, trabalhadores sinceros e cidadãos e cidadãs honestos. Igualmente também os Gays merecem a nossa tolerância e compreensão, entendendo que são criaturas de Deus e por isso têm uma dignidade própria mesmo que os preconceitos se façam barreiras para a nossa racionalidade tradicionalista ou obstáculos para a nossa inteligência conservadora, absolutista, tirana e ditatorial. Que impere entre nós o respeito pela pluralidade e a alternativa de cada um e a boa educação para com todos os “diferentes” mas que são iguais a nós como filhos e filhas do Criador. Deste modo, é nossa obrigação buscar a paz social, o bem-comum das comunidades e o bem-estar de todas as pessoas. Que nesse processo de geração de dignidade comum a todos Deus seja louvado, os homens se tolerem uns aos outros e as mulheres continuem a amar os seus parceiros de cama e companheiros de caminhada. Deus, o Autor da Vida, compreende a gente.

11. A Condição Sexual

Na Bíblia Sagrada, em seu primeiro livro, o Gênesis, quando Deus criou Adão, esperou ele dormir, e de sua costela fez a mulher, dizendo: “Não é bom que o homem esteja só.” Tudo bem até aqui. Todavia, o companheiro de Adão não poderia ser um outro homem ? Certo. Deus fez a mulher. Porém, o parceiro de Adão não poderia também ser um diferente macho ? A Possibilidade existe. Isso indica que o homossexualismo não é tão mau assim. Aliás, desde a Antiguidade, dos egípcios, fenícios e mesopotâmeos, até o tempo da Grécia e de Roma no Ocidente, os homossexuais sempre estiverem presentes como até hoje. Era algo normal e mesmo natural. Fazia parte dessas sociedades a prática do amor e união gay, a ligação entre homem e homem, mulher e mulher. Não era esquisita essa experiência nem estranhos os condicionados assim sexualmente. Diziam que era parte da natureza. Talvez vontade de Deus. Quem sabe tendências do corpo e organismo humanos. O Fato é que a tradição familiar e social dessas culturas diversas e diferentes mentalidades acolhia e consentia essa atividade e comportamento, tornando-se, como acontece atualmente, profissões do sexo, este comercializado como uma mercadoria qualquer. Sim, o sexo estava na moda e no mercado. Conviviam então homo, bi e heterossexuais. Cada qual exercia a sua função nas sociedades vigentes. Tal prática manifestava o ponto de vista individual, a opção de vida de cada um e a convivência de pessoas, grupos e sociedades alternativas. Deste modo, até os dias modernos, ações como essas têm se desenvolvido socialmente, refletindo que a natureza é feita de diferenças e a vida de diversidades e o universo de pluralidades. O que se busca portanto aqui e agora é que a paz reine em todos os corações, se acabe com a violência entre indivíduos e coletividades, se ignore os preconceitos, e saibamos conviver bem com os aparentes contrários, paradoxos que revelam a consciência de cada um de nós.

Conclusão

Ainda prefiro as mulheres. Continuo tolerante e compreensivo com relação aos gays. Respeito as diferenças. Contudo, minha opção sexual é a de ser hetero, heterossexual. Gosto de mulher. E só de mulher. Acho que Deus desde o princípio fez o homem e a mulher. Essa é a lei natural. Lei eterna. Desde sempre e para sempre o Senhor nos fez macho e fêmea. Em outras palavras, pau no canal, ferro no buraco e bengala na caverna. Tal é o Direito de Deus. A Lei maior e melhor. A Ordem da Natureza. O contrário disto joga fora na lata do lixo. Essa é a minha postura pessoal diante da questão homossexual. Ainda prefiro as mulheres.

domingo, 19 de junho de 2011

REBU

REBU
O Reflexo da Burrice

Diz o ditado popular que “burro é aquele que dá cabeçada”.
Burro cabeceia mal, tem uma constante dor de cabeça, e suas cabeçadas são tão ruins que prejudicam também os outros e não só a si mesmos. A cada cabeçada corresponde um ato de maldade, de violência, de agressividade... Sim, a maldade emburrece as pessoas. A Violência fecha os indivíduos. E a agressividade bloqueia a mente, obscurece a consciência, cria barreiras para a inteligência e gera obstáculos para as nossas racionalidades, sentimentos e experiências cotidianas. Burro é aquele que sabe dar cabeçada como ninguém. Que faz da sua maldade uma tristeza para si e os outros. Que faz da violência uma ação depressiva, uma realidade de transtornos psicológicos e distúrbios físicos, mentais e emocionais. Burro é a mentalidade ruim e a cultura má em pessoa. Aquele que não gosta de ninguém. Que não sabe produzir bondade, concórdia e convergência. Que não sabe construir a vida pois só pensa em destruir quem adora viver e faz da vida o templo da liberdade, porta para a verdadeira felicidade. Eis a geração dos burros e seus reflexos na sociedade. Aqueles que não têm tempo para Deus nem para si nem para os outros. Que tornam o dia a dia insuportável, o trabalho insustentável e os erros irreparáveis. Os burros não sabem recomeçar. Só querem briga e criticar os outros, confusão em seu meio e bagunça no convívio com os demais. São homens que não gostam de ser homem ou mulheres que não gostam de ser mulher. Não se levantam das quedas nem saem do abismo da alma ou do fundo do poço da existência. São aqueles que pregam a dúvida e a incerteza na realidade de todos os dias, constroem a destruição da razão e do coração, pessoas frias e sem alma, geladeiras inimigas do fogão, velas apagadas que não iluminam a noite da eternidade. São trevas no interior da realidade social. São obstáculos para a paz interior e uma vida de amor em profundidade. São adversários permanentes do bem e da bondade. Não gostam de Deus. Transformam a vida em um inferno, ou em um hospício do pinel, uma em uma casa da morte, ou em um sepulcro sem vida, ou em um cemitério andante, ou em uma geladeira que congela o corpo, esfria a alma e faz dos seus espíritos pedras de gelo interrompendo a vida que insiste em caminhar. Eles fecham o movimento, atrapalham o trânsito e interrompem o tráfego de quem gosta de viver e existir com segurança, estabilidade e tranquilidade. Assim são os burros. A Violência é sua lei. A Maldade a sua política. E a agressividade a sua experiência mais real e atual. Não tenho pena dos burros. Porque são eles que escolhem ser maus, violentos e agressivos. Tenho pena apenas de quem é bom e é amigo das pessoas. Só tenho pena de Deus. Porque Deus é isso: a bondade e uma boa amizade. Para tristeza e decepção dos burros, gosto de ser inteligente. Gosto de ser bom. Gosto de ser amigo. Gosto de Deus.

domingo, 12 de junho de 2011

A Questão Gay

A Questão Gay

No Antigo Testamento, após o dilúvio e a tempestade e o temporal de 40 dias e 40 noites que sacudiu a Terra, quando muitos morreram e outros desapareceram sem mais dar notícia, Deus olhou para a Arca da Aliança e viu Noé e sua família e sua gente e seus animais e a vida que ainda restava e insistia em viver, e sem mais nem menos fez brilhar no Céu o Arco-Íris, sinal da aliança que então se fez entre o Criador e suas criaturas. Nesse instante, o Autor da Vida abençoou o território que restava e ordenou que se fizessem novas todas as coisas. E o mundo começou a mudar para melhor, o dilúvio nunca mais se repetiu, e as pessoas puderam viver em paz umas com as outras por longos dias, meses, anos, decênios, séculos e milênios. O Senhor dos tempos inaugurou assim um momento diferente de novas alternativas de vida, de diversas possibilidades de existência e de oportunidades variadas para tudo e para todos. Eis que ora os homens gritavam: “ Viva a diferença. Viva a diversidade. Viva a pluralidade. Bendito seja o Senhor para sempre!”. E assim o Planeta Global passou a respirar vida alternativa, amor colorido, realidade diversificada, onde as diferenças deveriam ser respeitadas, os contrários bem administrados, os preconceitos superados e as superstições ultrapassadas com inteligência e transcendidas com a sabedoria de quem gosta de viver a vida optando por permitir a liberdade para si e os outros, a felicidade para todos e cada um, a saúde coletiva e individual e o bem-estar geral de todos os cidadãos e cidadãs de sociedades em que o bem-comum deve ser sempre a lei reinante no convívio de diferentes, na interatividade de contextos diversos e no compartilhamento de ambientes variados. Pois bem. É justamente deste modo que eu observo a causa gay e suas consequências sociais e morais das quais não é possível se alienar nem ignorar nem se excluir de suas forças de diversidade múltipla e de variedade de conteúdos e de sujeitos que assumem compromissos e se unem em nome de um amor cujo símbolo é precisamente o Arco-Íris. Sim, viva a diferença, porque o importante é ser feliz. Os Gays estão aí, por aqui e por ali. É uma realidade social. Chega de preconceitos! Que cada qual siga a sua consciência com a transparência de virtudes bem abraçadas e a autenticidade de uma opção de vida feita com racionalidade e cordialidade, amor e responsabilidade. Devemos respeitar as diferenças. Viva a diversidade. Viva as pessoas verdadeiras que superam as pressões da sociedade, estão acima dos conceitos e definições alheias, vivem longe de estigmas ou marcas registradas de ambientes sociais hostis às suas alternativas de vida e opções de existência. Que Deus abençoe os Gays. Também são gente. São pessoas humanas e filhos do Senhor. Têm direito de ser alguém na vida. Merecem igualmente ser felizes. Portanto, viva a diferença, salve a diversidade, parabéns para a pluralidade. O importante é ser feliz.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Libertação

Inteligência Libertadora

Quando a racionalidade humana busca meios de superação de si mesma, deseja ultrapassar seus próprios obstáculos mentais e emocionais, quer transcender sua mesma confusão irracional, irreal e inconsciente, enfim, libertar-se de tudo aquilo que a escraviza ou aprisiona, a corrompe ou faz mal, a mancha ou violenta, tais como os seus preconceitos e superstições, idéias antigas e valores ultrapassados, sonhos que não se realizam ou ideais sem esperança, desejos ilusórios ou necessidades dispensáveis, símbolos incorretos ou imagens doentes e loucas, imaginações intoleráveis e insatisfatórias, mitos que são cárceres e estigmas que se tornam cadeias ideológicas e psicológicas, então estamos diante da Inteligência Libertadora cuja liberdade que intenciona atingir a sua felicidade percorre, para isso, um verdadeiro processo de descoberta da verdade autêntica e transparente, desveladora do seu íntimo essencial e do seu interior substancial, fonte de alegria espiritual, princípio da paz da alma, origem do bem que faz e da bondade e concórdia que pratica diariamente.
Liberta, a mente humana chega a sua felicidade interna.
Em si, de si e para si ela constrói esse movimento libertador de si mesma cuja meta final é a felicidade de ser livre de prisões, cadeias e escravidões alienadoras de seu bem-estar interior.
Tal dinâmica libertadora realiza pouco a pouco a sua desnudação psicológica e espiritual até chegar finalmente à nudez do seu ser, pensar e existir.
A Consciência nua é a sua libertação integral.
Sua nudez é a sua felicidade.